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Volumen 1     -     Número 1     -     Junio, 2003
Número 1(1)

Esta es la Edición Inaugural -- Volumen 1,  Número 1 --  de la revista electrónica GEOTRÓPICO. El Grupo GEOLAT, los Editores y los miembros del Consejo Editorial presentamos a la comunidad académica y científica  una cordial bienvenida a nuestras  páginas, y los invitamos a su consulta semestral.

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Opinión


GeoTrópico: Por quê e para quem?

Luis E. Aragón*
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       A criação de GeoTrópico brinda uma dessas ocasiões raras para organizar o pensamento e expressar  satisfação  pela  alternativa  que  esse  instrumento  oferece a geógrafos e cientistas em geral de se debruçar sobre a realidade de uma porção do planeta com tanta riqueza natural e cultural e ao mesmo tempo com contrastes tão marcantes: os Trópicos.
Responder ao porquê e ao para quem de GeoTrópico permite não só discorrer sobre a relevância da iniciativa para a formação do cientista, mas, sobretudo para a criação  de  consciência  crítica  sobre  a  realidade em que vivemos nestes dias de globalização, guerras, violência e desespero, junto com fantásticos avanços científicos, decodificação do DNA, clonagem e expansão do ciclo vital da humanidade.
GeoTrópico representa um instrumento através do qual geógrafos e outros cientistas poderão divulgar suas pesquisas, sobretudo aquelas que se relacionem com esta região do planeta. Temas cruciais para a humanidade como os de biodiversidade,  ocupação desordenada,  desmatamento, biotecnologia e a questão da água doce deverão ocupar as páginas da revista por um bom tempo.
Vale a pena destacar o tema crucial da água doce. Este ano de 2003 foi declarado pela ONU como o ano internacional da água, recurso considerado estratégico para o século que começa.   Diversos  eventos,  ao  redor  do  mundo,  têm centrado suas preocupações nesse tema. É que as cifras são realmente alarmantes:*   97,5% da água existente na Terra é salgada, e a água doce (2,5% apenas do total) é, em grande parte, inutilizável. No total apenas 1% da água doce da Terra é de fácil acesso, e a Amazônia detêm cerca de 15% dessa percentagem.  É um dos recursos mais mal distribuídos do mundo: mais de 40% da água dos rios,  das rochas-reservatórios e dos lagos, encontra-se concentrado em seis países: Brasil, Rússia, Canadá, Estados Unidos, China e Índia. E no consumo os dados são igualmente preocupantes: um habitante de Madagascar, na área rural, dispõe de 10 litros de água por dia, um francês de 150 litros e um norte-americano de 450, enquanto que no mundo se estima que 1,5 bilhão de pessoas já se encontram sem acesso à água potável, e que se medidas urgentes não forem tomadas, dois terços da humanidade correm o risco de sofrer uma penúria de água de moderada a grave antes de 2025.
Que papel joga a Amazônia e o Tropico Úmido nesta que se torna cada vez mais uma questão geopolítica das mais candentes.   Até pouco tempo atrás técnicos tinham respostas prontas: construir barragens gigantes,  dessalinizar a água,  transferi-la por aquedutos de zonas úmidas para regiões secas.  Hoje tais soluções não são facilmente aceitáveis.  São caras em termos ecológicos e econômicos, preferindo buscar soluções na diminuição da demanda. Fala-se, mesmo de instaurar um mercado internacional da água para que países carentes possam comprar água de países com excesso. Propõe-se até criar uma Organização de Países Exportadores de Água. Mas como conciliar o caráter vital da água,  com o valor econômico que ela representa? Ao final sem água não se vive e a natureza morre.
GeoTrópico  chega  pois  em  boa  hora.   Seus artigos permitirão divulgar o conhecimento produzido em temas como os da água e, sobretudo, alertar e criar consciência sobre a necessidade de usar racionalmente recursos limitados para o bem do nosso futuro e do futuro das próximas gerações.
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* Cifras tomadas de Dias, Marco Antonio e Aragón, Luis E. "Amazonian cooperation for knowledge on water resources and for the sustainable use of these resources in the region." En: Aragón, Luis E. and Clüsener-Godt, Miguel (Editors.) Issues regarding the local and global use of water in the Amazon. Paris: UNESCO, 2003 (no prelo).
es una revista geográfica electrónica, semestral, de acceso totalmente libre, publicada por GEOLAT.

GeoTropico, a  free, online, semi-annual, peer-reviewed geographical  journal,  is published  by  the  GeoLat  Group.
www.GeoLatinAm.com

Correspondencia:  Dr. Luis E. Aragón, Coordenador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil. aragon@amazon.com.br



* Autor

Luis E. Aragón es un geógrafo colombiano residenciado en Belém, Pará, Brasil desde 1979, cuando se vinculó al Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), de la Universidade Federal do Pará. Allí escaló todas las posiciones académicas hasta alcanzar el cargo directivo de Coordinador, que hoy ejerce. El profesor Aragón recibió los títulos de Master y Ph.D. en geografía de la Universidad del Estado de Michigan, E. Lansing, USA.




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